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Emoções, vamos falar sobre isso?

“Há tempo para todas as coisas”. Eclesiastes

E de repente… estamos todos em casa. Não foi programado, mas o desafio precisa ser aceito com abertura e serenidade. Após o choque inicial, que para alguns trouxe negação, raiva e medo, passamos para uma fase de tristeza, aceitação, busca do entendimento até ficarmos mais tranquilos e serenos com tudo que está acontecendo. Nós, adultos, enfrentamos todas essas fases com certa naturalidade, às vezes, sem ao menos percebermos as emoções que sentimos com tudo que aconteceu.

Entramos no piloto automático para responder à avalanche de desafios e deixamos as emoções em segundo plano, mas, como estão os nossos pequenos? Como eles lidam com todas as emoções que o presente tem gerado em seus corações?  

Uma boa forma de escutá-los e ajudá-los a nomear seus sentimentos é ter um momento no início da semana para dialogar sobre as emoções. Esse diálogo pode ser guiado por perguntas norteadoras, tais como: “quais as sensações você deseja sentir nesta semana meu(a) filho(a)?”; “Como você está se sentindo hoje?”.  

Em casos de expressões de raiva, tristeza ou medo, encoste seu coração no dele e permita que seu(a) filho(a) expresse o que está sentindo. Seu olhar afetivo e acolhedor é a melhor resposta para qualquer reação que a criança possa ter nestes momentos. Um caminho para fortalecer um olhar positivo para a realidade é fazer uso de um caderno de gratidão. “Pelo que somos gratos hoje, filho(a)?”. A prática da gratidão muda a maneira como enxergamos o mundo e nos deixa mais otimistas. A emoção positiva favorece o crescimento emocional e amplia os recursos afetivos, sociais e intelectuais. 

Seligman, em seu livro Felicidade Autêntica (2019), compartilhou uma estratégia para ampliar o repertório de positividade dos filhos ao brincar diariamente com o que chamou de “Melhores Momentos”. Antes de dormir, a família perguntava aos filhos: “o que gostou de fazer hoje?”. Com uma escuta empática, anotava a quantidade de incidências positivas do dia. Logo em seguida, perguntavam: “aconteceu alguma coisa ruim hoje?”. Repetia-se o diálogo com uma escuta afetiva e com a contagem das situações. O somatório era compartilhado e analisado junto com os filhos, e a recorrência de situações boas reforçava que tinha sido um bom dia.    

O importante é fortalecer um canal de comunicação sobre as emoções e com isso trazer conforto e segurança neste momento de profunda mudança no cotidiano das crianças e dos jovens. 

Considerando que as emoções nos movem para a ação, é valioso canalizar as energias dos filhos em atividades de criação e lazer. Este pode ser um momento para aprender algo novo!  

Vale também retomar pequenas ações já incorporadas no cotidiano da família, comunicando claramente para a criança e/ou para o adolescente a nova programação: horários de estudos, local e frequência das atividades físicas, hora de dormir, momentos de diversão. Que tal elaborar com ele(a) um calendário com a nova rotina? 

Fortalecer os momentos de fé trará mais equilíbrio e serenidade para o(a) estudante. Lembre-se de incluir momentos de oração na programação do calendário. 

Este é um tempo de reflexão e convivência, tempo de oração e gratidão, tempo de escuta e afeto. 

Caderno da Gratidão: SAIBA COMO FAZER

1- Escolha um recurso para registrar sua gratidão: caderno, diário, pote de vidro e/ou aplicativo de celular;

2- Organize um momento antes de dormir para praticar a técnica;

3- Registre, diariamente, 3 coisas que te inspiram gratidão.

Baixe aqui nosso Template do Diário da Gratidão.

 

QUADRO DE ROTINA: SAIBA COMO FAZER

1-  Comecem recordando tudo o que precisam fazer durante o dia com o nome de cada um;

2- Reserve momentos de estudo/trabalho, descanso, lazer, prática física, entre outros.

Baixe aqui nosso Template Quadro de Rotina para a Família.

Aline Aparecida de Oliveira – Coordenadora Educacional

  • Segmento Educacional

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