Participe da Semana de Artes 2020, nosso encontro com artistas, ex-alunos da faculdade e profissionais do campo das Artes.
Venha trocar experiências e saber um pouco mais sobre suas trajetórias, trabalhos e pesquisas!
A edição 2020 será realizada na plataforma Zoom, de 03 a 06/11.
Para garantir sua participação, acesse Semana de Artes 2020, confira a programação e inscreva-se!
PROGRAMAÇÃO
03/11/2020 (TERÇA-FEIRA)
9h20 às 11h: “Considerações de um artista emergente”, com RAFFA GOMES
Nesta conversa abordarei meu processo de produção artística, a recente inserção no sistema de arte e os desafios que cercam o percurso/jornada do ser artista.
Sobre Raffa Gomes
Vive e trabalha em São Paulo. Paulista, formado em Artes Visuais, inquieto com as relações físicas e sinestésicas que o Som proporciona. Investiga o Som como matéria, memórias sonoras afetivas, o Tempo como deflagrador do som e a linguagem idiomática. Seus trabalhos se apresentam como instalações, instrumentos musicais e esculturas sonoras em diversos tamanhos e formatos que, dentre tantas coisas, propõe maneiras de fazer o corpo “escutar” para além dos ouvidos. Suas obras convidam/convocam o público para ativação. Objetos que inertes ou manipulados, provocam experiências.
11h20 às 12h40: “Autobiografia enquanto aprendiz de joalheria”, com ANA PASOS
O dia a dia de um ateliê de joias. Uma conversa sincera sobre como eu me tornei uma criadora e empreendedora. O olhar atento, o processo criativo, a magia do feito à mão, o cotidiano nem sempre glamoroso e o desafio do negócio.
Sobre Ana Pasos
Ana Passos é joalheira, pesquisadora e escritora. Em seu ateliê, dedica-se à criação, renovação e restauração de joias. É doutora em Educação, Arte e História da Cultura pela Mackenzie, com uma tese sobre o significado da joia, e mestre em Memória Social e Documento pela UNIRIO. É autora dos livros As joias de Reny Golcman, Joias na Bahia dos séculos XVIII e XIX e de um blog sobre joias, bijuterias e acessórios.
04/11/2020 (QUARTA-FEIRA)
9h20 às 11h: “Ofélia: um corpo que flutua e produz ruídos visuais”, com LUCIA CASTANHO
Uso a figura de Ofélia, personagem de Shakespeare para discutir as questões do corpo, do feminino e o silêncio. Faço foto-performance, pintura, desenho e objeto. Em 2019 estive pesquisando o vidro como material plástico na criação de objetos na Faculdade Belas Artes do Porto. Os objeto-colares que crio são usados por mim em foto-performances e são referências para desenhos e pinturas.
Sobre Lucia Castanho
Possui graduação em Artes Plásticas pela Faculdade Santa Marcelina (1983), graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba (1981) mestrado em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie (2005) e doutorado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2013). Pós doutoramento em Arte pela Faculdade de Belas Artes do Porto, Portugal.(2019). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em História da Arte e Desenho Artístico.
11h20 às 12h40: “Cultura e artes visuais após a pandemia: um olhar otimista entre história e futuro”, com DOUGLAS NEGRISOLLI
Com pensamento voltado para a história da arte, pensaremos como a pós-pandemia está refletindo nas artes visuais, como que o artista irá se colocar nos próximos tempos e atingir uma audiência ampla com sua comunicação. Pensaremos no fim trágico do ser artista e a sua migração como creator e produtor de conteúdo em um mundo que não enxerga mais cultura em detrimento do like.
Sobre Douglas Negrisolli
Criador e CEO do Artyou Global, plataforma inovadora para a cultura. Historiador pelo Centro Universitário Fundação Santo André, Doutor e Mestre em Educação, Artes e História da Cultura pelo Instituto Presbiteriano Mackenzie-SP. Curador independente de Artes Visuais, com ênfase em produção moderna e contemporânea.
05/11/2020 (QUINTA-FEIRA)
9h20 às 11h: “Quebrando o preconceito com o pixo”, com LINK e RODRIGO ANDRADE
O pixo como arte marginalizada, descriminada e pouco conhecida, mas que faz parte do cotidiano da cidade. Entidade artística com origem paulista. A parceria da pintura com o artista Rodrigo Andrade e o pixo dentro da galeria.
Sobre Link
Eu me chamo Diego, mas no pixo MUSEU assino Link. Morador de Guaianases, tenho 33 anos e sou o cabeça do pixo atualmente. Entrei em 2001, fiz rolê pelas quatros zonas de São Paulo, revolucionei meu pixo ao longo dos anos fazendo grapixo e grafite. Participei e organizei de vários encontros de grafite e desde 2007 e no ano de 2001 comecei frequentar vários point de pixação na cidade. Atualmente firmei uma parceria de pintura com o artista plástico Rodrigo Andrade, que conheci através do projeto ali (ali:leste, arte livre itinerante), possibilitando assim a intervenção entre arte urbana e artes plásticas. Pintamos telas e muros na região da Cidade Tiradentes e participamos da galeria. Reocupa na Ocupação 9 de Julho, conseguimos um espaço no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes e fizemos um ateliê de arte chamado Um Bom Lugar.
Sobre Rodrigo Andrade
Pintor, gravador, artista gráfico. Inicia sua formação em gravura no ateliê de Sérgio Fingermannem São Paulo, em 1977, e no ano seguinte frequenta o Studio of Graphics Arts, em Glasgow, Escócia. Estuda desenho com Carlos Fajardo em 1981, e participa de cursos de gravura e pintura na Ecole Nationale Supérieure dês Beaux-Arts Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris, entre 1981 e 1982. De volta ao Brasil, integra, entre 1982 e 1985, o grupo Casa 7. Em 1984, participa do 2° Salão Paulista de Arte Contemporânea, em que ganha o prêmio revelação, e, em 1985, da 18ª Bienal Internacional de São Paulo e do 8° Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, no qual recebe o prêmio aquisição. Faz sua primeira individual em 1986, no Subdistrito Comercial de Arte, em São Paulo. Desde 1987, atua como artista gráfico de revistas e livros e produz, entre 1991 e 1998, capas para a revista Veja.
11h às 12h40: “Percurso Profissional”, com ANA SARIO
Quais os fatores e desafios para um jovem artista em início de carreira? O que isso envolve? Nesta palestra abordaremos aspectos importantes na preparação e formação de artista.
Sobre Ana Sario
2008 – Bacharelado em Artes Plásticas, Faculdade Santa Marcelina, São Paulo. Ana Sario busca traduzir, por meio de suas pinturas, os estados de espírito ou sensações que imagens ou situações de contemplação causam em nós: os muitos tons de azul que se encontram e se modificam lentamente no céu do fim do dia, a vista do jardim interrompida por uma cortina persiana cor-de-rosa, um campo vasto florido que alcança até o infinito o nosso campo de visão, ou até mesmo a luz intensa da manhã que atravessa, pelas frestas, um arbusto de hibisco. A simbologia da imagem reproduzida vira também um assunto, a exemplo do formato do frame fotográfico que integra algumas de suas pinturas, cuja função extrapola a de estruturar a composição. Por vezes vazios, esses frames não nos transportam a outras imagens, nos trazendo para o presente da pintura e nos instigando a refletir sobre as possibilidades da representação. Ana Sario explora a linguagem para além dos campos de cor e das massas de tinta, a artista nomeia alguns de seus trabalhos e provoca jogos de sentidos entre palavra e imagem.
06/11/2020 (SEXTA-FEIRA)
9h20 às 11h: “Trajetórias de profissionais das Artes”, com CARLA ZACCAGNINI
O trabalho dos profissionais das Artes: curadora de exposições em galerias e grandes eventos de artes como a Bienal de São Paulo.
Sobre Carla Zaccagnini
Carla Zaccagnini (Buenos Aires, 1973 – Vive em São Paulo e Malmö) é artista plástica, Professora de Práticas Conceituais e Contextuais na Royal Danish Academy of Fine Arts e Curadora Convidada da 34 Bienal de São Paulo. Participou, entre outras, das mostras Shout Fire (Röda Sten Konsthall, Gotemburgo, 2018), A Universal History of Infamy (LACMA, Los Angeles, 2017), Carla Zaccagnini and Runo Lagomarsino (Konsthall, Malmö, 2015), Un saber realmente útil (Museo Reaina Sofía, Madri, 2014), Under the Same Sun (Guggenheim Museum, New York, 2014), 8th Berlin Biennale (Berlim, 2014), 9th Shanghai Biennale (Xangai, 2012) e 28a Bienal de São Paulo (2008). Exposições individuais recentes incluem Mañana iba a ser ayer (MUNTREF, Buenos Aires, 2019), El presente, mañana (Museo Experimental el Eco, México DF, 2018), I am also stepping on wet sand (SixthyEight Art Institute, Copenhagen, 2017), Panapanã (Vila Itororó, São Paulo, 2016), Histórias Feministas: Carla Zaccagnini (MASP, São Paulo, 2015) e Elements of Beauty (Van Abbemuseum, Eindhoven / FirstSite, Colchester, 2015). Seu trabalho foi incluido nos compêndios Cream 3 (London: Phaidon Press, 2003), Contemporary Art Brazil (Thames and Hudson, London 2012) e Art Cities of the Future, 21st-Century Avant-Gardes (London: Phaidon Press, 2013), e atualmente é representado pela galeria Vermelho (São Paulo).
11h às 12h40: “São Francisco e o nascimento da arte”, com FELIPE CHAIMOVICH
A inovadora visão da natureza de Francisco de Assis considerava a humanidade como irmanada às demais criaturas, pois haveria traços divinos nos elementos que constituem todos os seres físicos. Um grupo de franciscanos estendeu essa visão “ecológica” para o estudo da luz como o elemento físico primordial de toda a natureza, desenvolvendo o campo da óptica. Estudiosos da óptica franciscana inventaram a perspectiva ao aplicar ao desenho os princípios geométricos do estudo da luz. Veremos como essa invenção, fundamental para a definição de arte na Itália, no século 16, originou-se do legado franciscano.
Sobre Felipe Chaimovich
Doutor em Filosofia pela USP e professor da Faculdade Santa Marcelina. Foi crítico de arte da Folha de São Paulo entre 2000 e 2006 e curador chefe do MAM-SP entre 2007 e 2019. É autor de “Perspectiva: uma herança franciscana?” (Anais do XXIX Colóquio do Comitê Brasileiro de História da Arte, 2009). Foi curador da exposição “Natureza franciscana” (MAM-SP, 2016).